A leve alta de 0,03% ontem no índice Dow Jones foi insuficiente para impedir que a Bolsa de Nova York tivesse o seu pior mês desde setembro de 2002. Além disso, o principal índice do mercado americano teve a maior queda em junho desde 1930, quando os EUA passavam pela Grande Depressão.
Formado pelas 30 principais empresas americanas, o índice Dow Jones recuou 10,19% em junho, a maior queda em 75 meses, quando ele retrocedeu 12,37% -em um dos piores períodos recentes da Bolsa americana. Em setembro de 2002, a economia mundial enfrentava alguns desafios parecidos com os de agora, como a instabilidade nos EUA e os preços do petróleo. Na época a reclamação era que o barril custava cerca de US$ 30 -hoje, vale aproximadamente US$ 140.
O mês passado também foi o pior junho dos últimos 78 anos do índice, quando a queda foi de 17,72%. Para que isso não acontecesse e o pior junho desde a Grande Depressão continuasse com 1962, o Dow Jones teria que subir pelo menos 1,05%, mas a alta de ontem foi de 0,03%, com o índice alcançando 11.350 pontos, nível semelhante ao de dois anos atrás.
O mês de junho foi especialmente ruim para a Bolsa de Nova York -as duas maiores queda do ano foram registradas no período. A desvalorização de 3,13%, que ocorreu no dia 6, foi a segunda maior desde março de 2003, só perdendo para o 3,29% de 27 de fevereiro de 2007, após as perdas expressivas na Bolsa de Xangai (China) gerarem uma onda de temor pelos mercados financeiros mundiais. Na quinta-feira da semana passada, o índice Dow Jones recuou 3,03%.
Dos 20 pregões realizados no mês passado, 13 terminaram negativos. Antes do dia 6, o pior resultado do ano ocorrera em 5 de fevereiro: desvalorização de 2,93%. No ano, o Dow Jones acumula queda de 14,44%.
O Dow Jones também está próximo do chamado "bear market", quando o mercado acumula desvalorização de 20% desde o seu pico. O índice já recuou 19,87% desde 9 de outubro do ano passado, quando alcançou o seu maior nível.
O último período de "bear market" na Bolsa de Nova York foi de 2000 a 2003, quando o mercado passou pela bolha das empresas de alta tecnologia, os ataques terroristas do 11 de Setembro e a recessão na economia norte-americana.
Além da alta do Dow Jones, o S&P 500 (mais amplo, formado por 500 empresas americanas) subiu 0,13%. A Nasdaq, de companhias de alta tecnologia, caiu 0,98%. Na Europa, a Bolsa de Londres teve alta de 1,74% e a de Frankfurt retrocedeu 0,06%. Tóquio fechou em baixa de 0,46%.
O índice Global MSCI, do Morgan Stanley, formado por 23 mercados de países desenvolvidos, teve de janeiro a junho o seu pior semestre em 26 anos. Nos primeiros seis meses do ano, ele recuou 11,75%, ante 13,79% em 1982. O último semestre que o índice, que tem mais de 38 anos, caiu mais de um dígito foi no final de 2002.
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