Washington, 10 de Novembro de 2008 - A recente mudança do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, para o lado e para as posições adotadas pelos democratas poderá ajudar a garantir que o governo desempenhe um papel mais importante na economia depois da eleição de Barack Obama para a presidência. O líder do Fed, republicano indicado pelo presidente de saída, George W. Bush, ofereceu cobertura política para um estímulo fiscal mais amplo até do que o proposto pelos democratas anteriormente, depois de prometer no mês passado ajudar a elaborar medidas para aumentar o crédito.
O incentivo de Bernanke na semana passada por uma presença permanente do governo no mercado de empréstimos domésticos também reduziu a possibilidade de uma privatização completa das empresas de financiamentos hipotecários Fannie Mae e Freddie Mac. A linha de ação de Bernanke significa que é improvável que fique em desacordo com Obama quando o presidente assumir em janeiro, substituindo Bush. Isso poderá até aumentar suas chances de renomeação quando seu período no cargo terminar em janeiro de 2010.
"Bernanke tem feito comentários e oferecido mais apoio para várias e diferentes iniciativas", disse John Silvia, principal economista do Wachovia em Charlotte, Carolina do Norte, que anteriormente trabalhou como economista congressual. Os democratas expandiram sua maioria na Câmara e no Senado e Obama partiu para a vitória em 4 de novembro, depois que os eleitores exigiram uma mudança voltada para as conseqüências da pior crise financeira em sete décadas. Obama poderá oferecer o cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos para o presidente do Fed de Nova York , Timothy Geithner, disseram fontes ligadas ao presidente eleito. Geithner, de 47 anos, trabalhou este ano com Bernanke na ajuda do banco central ao Bear Stearns e à seguradora AIG.
As prioridades dos democratas incluem aprovar o segundo pacote de estímulo fiscal este ano e reerguer a regulamentação das companhias financeiras no próximo. Os legisladores planejam uma nova reunião em menos de duas semanas para um encontro denominado dos políticos em final de mandato, a fim de analisar medidas e estimular uma economia que apresentou a maior contração desde a recessão de 2001.
Bernanke, de 54 anos, evitou recomendações sobre políticas de gastos e taxas específicas durante seus primeiros dois anos como chairman, dizendo aos membros do Congresso que cabia a eles decidir sobre assuntos fiscais.
À medida que a turbulência econômica e financeira piorava este ano, o ex-economista da Universidade de Princeton e estudioso da Grande Depressão defendeu um papel mais importante para a política fiscal e utilizou o balanço patrimonial do Fed para desempenhar maior força nos mercados financeiros.
"Ele tem sido um responsável chairman do Fed, e creio que seria negativo em termos concretos e de mensagem substituir Bernanke", disse Barney Frank, chairman da Comissão da Câmara para Serviços Financeiros, em entrevista.
Bernanke disse à Comissão Orçamentária da Câmara em audiência de 20 de outubro que "o Federal Reserve está imensamente contente por tentar e trabalhar" com os legisladores a respeito de medidas para estimular os empréstimos. "O Congresso poderá analisar garantias totais ou parciais, empréstimos diretos e incentivos fiscais", acrescentou .
Foi a segunda vez que o líder do Fed endossou o estímulo fiscal, depois de apoiar o que se tornou um pacote de US$ 168 bilhões aprovado em fevereiro. Bernanke também apoiou "com firmeza" o confisco da Fannie Mae e Freddie Mac pelo governo em setembro, que possuíam ou garantiam quase metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos residenciais nos Estados Unidos.
Bernanke disse na semana passada que o mercado para títulos respaldados em hipotecas irá requerer um certo tipo de apoio do governo, seja por meio de garantias ou programas de seguro. Também disse que Fannie e Freddie deveriam reter algum tipo de apoio federal e supervisão mesmo se forem transformadas em companhias privadas.
Por outro lado, Bernanke destinou mais de US$ 1 trilhão dos programas de empréstimos do Fed para inundar de dinheiro o sistema financeiro. Também baixou a taxa de juros referencial do Fed para 1%. Christopher Dodd, chairman da Comissão Bancária do Senado elogiou Bernanke há duas semanas por "cumprir suas promessas" e "usar todas as ferramentas de que dispõe."
"Não se pode culpar o Fed por dormir no ponto" nos últimos meses, disse Tom Gallagher, diretor de pesquisa normativa no International Strategy & Investment Group em Washington. Muito dependerá de como a economia e os mercados se saírem no próximo ano. A história também está do lado de Bernanke. Nenhum presidente em 30 anos, no primeiro termo de seu mandato, já substituiu um chairman do Fed em exercício.
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