Mais veloz, mais barato e mais vendido
A maior mudança trazida pelo iPhone 3G está no sistema operacional, versão 2.0. É dos poucos casos em que uma nova geração de aparelhos não deixa a anterior completamente obsoleta. Exceto pela capacidade de acessar redes 3G, os donos do iPhone anterior podem atualizá-lo e dispor da grande maioria dos benefícios do novo modelo.
Além da capacidade de obter dados em redes mais rápidas, o novo sistema operacional é um marco histórico. Finalmente existe um aparelho que permite aos usuários realizar tarefas normalmente associadas a um laptop, de modo confortável e mais intuitivo. Há smartphones capazes de coisas parecidas, mas eles se perdem no quesito intuição. Tente entregar um Blackberry para qualquer usuário de terceira idade e veja se ele consegue ler um e-mail ou abrir o aplicativo de músicas.
O modo como o iPhone 3G mostra páginas de internet é outro diferencial. Não se trata de uma versão móvel ou menos rústica. É a internet do modo como é vista em qualquer computador de mesa ou portátil. Deixa qualquer web designer feliz e traz um chip especial. Ao abrir uma página sobre restaurantes, o aparelho pode mostrar as opções mais próximas, sem que seja preciso fazer uma busca.
Fora a facilidade trazida para a internet, é possível saber se existem outros amigos na proximidade. Nunca foi tão fácil marcar um almoço rapidamente.
A revolução que o iTunes trouxe para a indústria de entretenimento deve acontecer novamente com a de software, em virtude do AppStore, parte do novo sistema operacional. É uma loja para programas criada especificamente para o iPhone.
O usuário escolhe o novo aplicativo e ele é instalado imediatamente, sem precisar de um computador para fazer a transferência. Isso também já existe com outros telefones e plataformas, mas novamente a diferença fica por conta do modo como a tecnologia é apresentada ao consumidor. Tudo fica mais fácil e causa menos intimidação ao usuário pouco afeito ao mundo da tecnologia.
A tacada é parecida com o que a Nintendo fez no mercado de videogames, ao lançar o Wii, e criar um aparelho que fosse tão fácil de usar que mesmo os medrosos de “joguinhos” viraram usuários corriqueiros. A Apple tentou e conseguiu replicar o sucesso da Nintendo, ao trazer as mesmas facilidades para o consumidor não profissional, antes restritas aos usuários de smartphones complexos, geralmente do mundo corporativo.
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