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César Muñoz Acebes. Washington, 18 fev (EFE).- O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduziu hoje suas previsões econômicas para este ano e indicou uma contração nos Estados Unidos, apesar do efeito positivo que terá o programa de estímulo fiscal promulgado recentemente pelo presidente Barack Obama.A maior economia do mundo apresentará uma contração entre 0,5% e 1,3% em 2009, de acordo com o Fed, que em outubro do ano passado tinha mantido a previsão de um possível crescimento de até 1,1%.
Com essa revisão, as previsões do Fed parecem mais alinhadas com as dos analistas independentes, embora ainda fique atrás da contração de 1,6% prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano nos Estados Unidos.
O banco central americano indicou ainda que o desemprego crescerá entre 8,5% e 8,8%.
A recuperação acontecerá somente na segunda metade do ano, e será "gradual e prolongada", disseram em sua última reunião os membros do Comitê do Mercado Aberto do Fed, que fixa a política monetária do país, de acordo com as atas divulgadas hoje.
Em vez de perder força, a recessão se agravou em janeiro, segundo a entidade, e os dados publicados hoje confirmaram essa conclusão.
O Comitê do Mercado Aberto do Fed disse que o plano de estímulo fiscal de quase US$ 790 bilhões de Obama é "necessário", mas afirmou que ele não compensará a deterioração da economia.
Para o resto do mundo, suas previsões também são pessimistas. Os membros do comitê se confessaram surpreendidos "pela rapidez e magnitude" da forte queda da economia do planeta, e disseram que não preveem uma rápida recuperação.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, prometeu hoje que a entidade fará "o possível" para recuperar a estabilidade financeira e o crescimento nos Estados Unidos, que está em recessão desde dezembro de 2007.
As taxas de juros já estão em praticamente 0%, por isso a única opção ao banco central é a intervenção no mercado.
"Tempos difíceis requerem medidas difíceis", afirmou o presidente do Fed.
O Federal Reserve já nacionalizou os dois gigantes imobiliários americanos e a seguradora American Internacional Group (AIG), além de adquirir letras de câmbio de todo tipo de empresas e de realizar empréstimos a bancos privados e a bancos centrais estrangeiros.
Além disso, financiará a aquisição de empréstimos de consumo e imobiliários, um programa que poderia alcançar US$ 1 trilhão.
Essas medidas praticamente dobraram a bolsa de empréstimos do Fed, até quase US$ 2 trilhões.
O banco central financia essa expansão com a impressão adicional de dinheiro, o que faz com que alguns investidores temam que a inflação dispare depois de o crédito se descongelar.
Bernanke quis pôr fim a esse medo em seu discurso, no qual enfatizou que a injeção de dinheiro no sistema "pode ser revertida com relativa rapidez no momento adequado, para evitar os riscos de inflação futura".
O perigo imediato é, na realidade, a deflação. "Acreditamos que a inflação será muito baixa durante algum tempo", afirmou Bernanke, sem falar de possíveis diminuições.
O Federal Reserve também divulgou hoje pela primeira vez suas previsões econômicas no longo prazo para os Estados Unidos, uma medida que indica que o país opera com uma meta explícita de inflação, como faz o Banco Central Europeu (BCE), por exemplo.
O Fed acredita que a inflação no longo prazo ficará entre 1,7% e 2%, enquanto suas previsões o crescimento potencial do país são de 2,4% a 3%. EFE cma/mh
Com essa revisão, as previsões do Fed parecem mais alinhadas com as dos analistas independentes, embora ainda fique atrás da contração de 1,6% prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para este ano nos Estados Unidos.
O banco central americano indicou ainda que o desemprego crescerá entre 8,5% e 8,8%.
A recuperação acontecerá somente na segunda metade do ano, e será "gradual e prolongada", disseram em sua última reunião os membros do Comitê do Mercado Aberto do Fed, que fixa a política monetária do país, de acordo com as atas divulgadas hoje.
Em vez de perder força, a recessão se agravou em janeiro, segundo a entidade, e os dados publicados hoje confirmaram essa conclusão.
O Comitê do Mercado Aberto do Fed disse que o plano de estímulo fiscal de quase US$ 790 bilhões de Obama é "necessário", mas afirmou que ele não compensará a deterioração da economia.
Para o resto do mundo, suas previsões também são pessimistas. Os membros do comitê se confessaram surpreendidos "pela rapidez e magnitude" da forte queda da economia do planeta, e disseram que não preveem uma rápida recuperação.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, prometeu hoje que a entidade fará "o possível" para recuperar a estabilidade financeira e o crescimento nos Estados Unidos, que está em recessão desde dezembro de 2007.
As taxas de juros já estão em praticamente 0%, por isso a única opção ao banco central é a intervenção no mercado.
"Tempos difíceis requerem medidas difíceis", afirmou o presidente do Fed.
O Federal Reserve já nacionalizou os dois gigantes imobiliários americanos e a seguradora American Internacional Group (AIG), além de adquirir letras de câmbio de todo tipo de empresas e de realizar empréstimos a bancos privados e a bancos centrais estrangeiros.
Além disso, financiará a aquisição de empréstimos de consumo e imobiliários, um programa que poderia alcançar US$ 1 trilhão.
Essas medidas praticamente dobraram a bolsa de empréstimos do Fed, até quase US$ 2 trilhões.
O banco central financia essa expansão com a impressão adicional de dinheiro, o que faz com que alguns investidores temam que a inflação dispare depois de o crédito se descongelar.
Bernanke quis pôr fim a esse medo em seu discurso, no qual enfatizou que a injeção de dinheiro no sistema "pode ser revertida com relativa rapidez no momento adequado, para evitar os riscos de inflação futura".
O perigo imediato é, na realidade, a deflação. "Acreditamos que a inflação será muito baixa durante algum tempo", afirmou Bernanke, sem falar de possíveis diminuições.
O Federal Reserve também divulgou hoje pela primeira vez suas previsões econômicas no longo prazo para os Estados Unidos, uma medida que indica que o país opera com uma meta explícita de inflação, como faz o Banco Central Europeu (BCE), por exemplo.
O Fed acredita que a inflação no longo prazo ficará entre 1,7% e 2%, enquanto suas previsões o crescimento potencial do país são de 2,4% a 3%. EFE cma/mh
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