sexta-feira, 23 de maio de 2008

Realização de lucros na Bovespa

ANDRÉIA GOMES DURÃO
DO JORNAL DO COMMERCIO

Pausa para a realização de lucros. Somando quatro pontuações históricas consecutivas, a Bolsa de Valores de São Paulo viu seus investidores migrarem para a ponta vendedora nesta quarta-feira, fazendo o seu principal índice, o Ibovespa, ceder 1,66%, ao descer aos 72.294,8 pontos. Animados por mais um recorde do preço do petróleo no mercado internacional, os papéis da Petrobras impediram uma queda ainda mais acentuada, mas não foi o suficiente para neutralizar a influência do mau humor externo, detonado pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O feriado de quinta-feira também teria contribuído para o resultado, com os investidores evitando montar posições na véspera de um dia sem negociações no mercado doméstico. Mesmo com as operações em declínio, o giro financeiro chegou a R$ 7,562 bilhões.

A especulação em torno da descoberta de novas reservas da commodity teria motivado a apreciação dos papéis da Petrobras, que estiveram novamente entre os melhores fechamentos do dia. As ações ordinárias da estatal (PETR3) subiram 1,3%, para R$ 62,30, enquanto as preferenciais (PETR4) avançaram 1,64%, para R$ 52,51.

Em Nova York, as ações da Petrobras negociadas nos EUA registraram neste mês a maior queda no pregão de Nova York, depois que analistas disseram que a falta de informação sobre o tamanho de um campo de petróleo descoberto perto do Estado de São Paulo pode "frustrar" os investidores.

Os Recibos de Depósitos Americanos (ADRs) da Petrobras caíram nesta quinta-feira pela primeira vez em seis dias e eram negociados em Nova York com perda de até 4,21%, a US$ 72,02. A Petrobras divulgou na quarta-feira que tinha encontrado petróleo no bloco BM-S-8, na bacia de Santos.

"A falta de informação sobre o tamanho do reservatório provavelmente vai frustrar o mercado, já que nenhuma nova informação foi divulgada", disseram os analistas do Morgan Stanley, inclusive Subhojit Daripa, em uma nota a clientes datada de quarta-feira.

O cenário permitiu que o dólar comercial voltasse a se recuperar frente ao real. A moeda americana encerrou a sessão a R$ 1,659, em valorização de 0,54%. Com a moeda americana operando em alta, o Banco Central atuou no mercado de câmbio logo cedo, realizando leilão de compra das 11h29 às 11h39. A taxa de corte aceita pela autoridade monetária foi de R$ 1,6488. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar pronto também apresentou apreciação, de 0,6%, encerrando a sessão a R$ 1,659. A roda do pronto movimentou R$ 383,49 milhões.

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