Dólar sofre repique e fecha a R$ 1,67, após dez dias em queda
Após dez dias de queda quase contínua, o preço da moeda americana teve um repique, na sessão de negócios desta sexta-feira. Próximo ao encerramento das operações, o Banco Central promoveu seu habitual leilão de câmbio e aceitou ofertas pela cotação de 1,6705 (a chamada taxa de corte).
O dólar comercial foi trocado a R$ 1,670 para venda, em alta de 0,78%, nos últimos negócios registrados nesta sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,770, com avanço de 0,56%.
A taxa de fechamento ficou perto da cotação máxima do dia, a R$ 1,675. Pela manhã, no entanto, a taxa chegou a R$ 1,651, o menor valor negociado nesta sexta-feira. Essa "montanha-russa" do câmbio pode ser explicada por uma constatação e um temor dos profissionais de mercado.
Primeiro, a constatação de que o progresso da taxa Selic (11,75% ao ano), que pode chegar a 12,5% até o final deste ano, atraia cada vez mais recursos externos e derrube os preços da moeda americana ainda mais. Segundo, o temor de que o governo use alguma medida para evitar uma sobrevalorização ainda maior do real frente ao dólar.
Segundo profissionais de corretoras, o mercado repercutiu com força a notícia de que o governo voltou a cogitar a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiros) no ingresso de investimentos estrangeiros para a compra de títulos da dívida pública brasileira.
"O fato de haver um feriado na segunda-feira, com o mercado aberto lá fora e fechado por aqui, pode ter influenciado um pouco na formação da taxa, mas eu diria que o mais importante mesmo foi o rumor sobre o IOF", comenta Alexandre Carqueijo, profissional da corretora Intercam.
Tradicionalmente, investidores costumam tomar posições preventivas --vendendo ações e comprando moeda-- com a perspectiva de um feriado prolongado e o descasamento entre o expediente do mercado externo e doméstico.
Juros futuros
Os negociadores de contratos futuros de juros elevaram as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011 na sessão de hoje na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada avançou de 12,64% ao ano para 12,65%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 13,34% para 13,49%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 13,41% para 13,59%.
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