quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Balanços das empresas derrubam ações em Nova York

Agências Internacionais
As bolsas de valores americanas fecharam em baixa ontem, depois que a fraca demanda relatada pela produtora de alumínio Alcoa e uma previsão negativa da Tyco Internacional indicaram que a desaceleração econômica está se intensificando. O índice Dow Jones teve baixa de 1,99%, a 8.693 pontos. O Standard & Poor's 500 caiu 2,2%, a 898 pontos. O Nasdaq recuou 2,22%, a 1.580 pontos.

Sinais de enfraquecimento da economia chinesa alimentaram ainda mais preocupações sobre o tamanho da desaceleração, cortando o apetite dos investidores por ativos de riscos. As vendas foram generalizadas, com as ações ligadas a commodities caindo em contraposição ao fortalecimento do dólar. O petróleo a prata também perderam valor com temores de que uma fraca economia atingirá a demanda.

"A realidade está se estabilizando, nos colocando em uma recessão. É quase como um abismo sem fim para o mercado --ele está vendendo antes e perguntando depois", afirmou Ryan Detrick, analista técnico da Schaeffer's Investment Research.

As ações da Alcoa caíram 7% após a empresa cortar mais 350 mil toneladas de sua capacidade mundial de alumínio, culpando a queda da demanda global. Conglomerados industriais recuaram depois que a Tyco alertou que os lucros do ano fiscal ficarão abaixo das previsões de Wall Street devido à desaceleração econômica e ao fortalecimento do dólar.

As bolsas de valores européias terminaram em forte, pressionados por ações do setor bancário e ligadas a commodities. Perspectivas corporativas fracas e uma série de dados econômicos desanimadores aumentaram as preocupações quanto a uma recessão global mais profunda.

O índice das principais ações européias FTSEurofirst 300 caiu 4,01%, a 885 pontos, depois de ter subido 0,9% na véspera. O índice perdeu mais de 41% este ano, pressionado pela crise de crédito e a consequente desaceleração econômica.

O setor bancário foi o que mais puxou o índice para baixo, com destaque para as ações de Lloyds, HBOS, UBS e HSBC.

A principal queda do índice foi do maior banco italiano, o Intesa Sanpaolo, que se desvalorizou 16,9%. O banco seguiu o rival doméstico UniCredit ao tomar decisões difíceis para se fortalecer, informando que não irá fazer pagamento de dividendos em dinheiro. Ações ligadas a commodities também foram pressionadas pelo declínio do petróleo e de metais.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 3,57%, a 4.246 pontos. O DAX, de Frankfurt, recuou 5,25%, para 4.761 pontos. Na bolsa de Paris, o CAC-40 caiu 4,83%, para 3.336 pontos. O indicador Mibtel, de Milão, teve baixa de 5,13%, a 16.197 pontos. Em Madri, o Ibex-35 registrou queda de 4,11%. O PSI20, de Lisboa, recuou 1,3%.

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