Simplicidade pode garantir nota na redação no vestibular
Veja dicas da coordenadora de português do Etapa.
Texto deve ser claro, mostrando domínio da língua.
O estudante de química Victor Yuzzo Yamao Guiotoku, que teve a redação entre as 30 melhores do vestibular da Unicamp. (Foto: Arquivo pessoal)
Simplicidade e clareza são atributos de uma boa redação no vestibular. Cumprir os dois requisitos ajuda o texto a causar boa impressão no corretor e pode garantir pontinhos extras. As recomendações são da coordenadora de português do Curso Etapa, Célia Passoni, e cabem muito bem na prova de redação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aplicada no próximo domingo (16).
“Na redação, você não deve ficar inventando. Não escreva períodos longos, porque você tende a se perder. Não junte informações em uma única frase”, afirma a professora. A dica, segundo ela, é que cada candidato pense como um leitor. “E o que o leitor quer? Quer coisas mais simples, mais claras e rápidas.”
Hoje estudante de engenharia química, no período noturno, Victor Yuzzo Yamao Guiotoku, 21 anos, teve sua redação no vestibular 2008 da Unicamp escolhida como uma das 30 melhores. Sua estratégia foi seguir a simplicidade, mas sem ser simplório.
“De forma geral, o vestibular exige muito que se consiga apresentar uma resposta de forma simples, mas que não seja banal. É preciso um bom domínio da língua. Mas também não é para fazer nada rebuscado”, diz.
Número de parágrafos
De acordo com Célia, a redação ideal tem cinco ou seis parágrafos. “É um para abertura, dois ou três para o desenvolvimento do tema e o último para encerramento”, afirma. O modelo vale tanto para dissertações, quanto para narrações ou cartas – a Unicamp oferece as três possibilidades de texto e fica a cargo do candidato a escolha.
Para Victor, a escolha da modalidade a ser desenvolvida é muito importante: “Um conselho que recebi e que funciona é não inventar algo na hora da prova. Você deve fazer o texto com o qual está acostumado – seja dissertação, carta ou narração”, afirma. A opção do agora universitário foi pela carta.
Na hora da prova, vale ler muito bem o que é pedido e “partir para o ataque”. “A melhor arma para o vestibulando é a simplicidade e a leveza. Não escreva mais do que o necessário. Ninguém vai cobrar que você seja um grande escritor”, orienta Célia. Com atenção, é claro, para não escrever com garranchos, sem encher lingüiça e com precisão com a língua.
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