quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Turismo: dicas para comprar dólar e reduzir impacto da oscilação da moeda.

Turismo: dicas para comprar dólar e reduzir impacto da oscilação da moeda

Por: Patricia Alves
29/10/08 - 17h58
InfoMoney

SÃO PAULO - A oscilação do dólar tem assustado os brasileiros que pretendem, ou pretendiam, viajar para fora do País. Segundo o ministro do Turismo, Luis Barretto, a tendência é que aqueles que tinham apenas a intenção, mas que não haviam concretizado a compra de pacotes e passagens para o exterior, viajem pelo Brasil, favorecendo, assim, o turismo doméstico.

O principal motivo para a desistência, além de os valores de pacotes e passagens, fixados em dólar, ficarem mais caros, é com relação aos gastos durante a viagem.

No entanto, quem já tinha pacote comprado ou já tinha datas definidas para viagem de estudos, trabalhos ou lazer fora do País, o que deve fazer?

Mesmo que a pessoa evite o uso do cartão de crédito e opte por formas alternativas - que não sofram impactos da variação cambial - de pagar as despesas, é sempre recomendado que carregue moedas em espécie, para facilitar, principalmente nos primeiros dias da viagem, o pagamento de despesas pequenas, como o táxi até o hotel, a gorjeta, um lanche rápido etc.

Com as cotações do dólar variando muito, quais são as dicas para comprar a moeda e amenizar o impacto das oscilações?

Compra gradual
Para quem quiser levar dinheiro em espécie, a Confidence, corretora de câmbio turismo, recomenda a compra gradual até o período da viagem. "As cotações estão variando muito e é difícil determinar uma tendência com segurança", afirma o diretor financeiro da corretora, Maurício Lima.

"Por isso, é aconselhável que a compra de moeda estrangeira, para quem precisa viajar ao exterior, seja feita aos poucos, compondo uma cotação média do período e eliminando, assim, o risco de ter que comprar a moeda no pico da alta", completa.

De acordo com Lima, a dica é válida tanto para quem vai viajar nos próximos meses quanto para quem tem passagem marcada para meados do ano que vem. "Tudo vai depender da expectativa da pessoa. Os mais otimistas, que acreditam que a moeda norte-americana vai ficar mais barata, podem preferir esperar, enquanto outros preferem não arriscar a pagar mais daqui a uns meses", explica.

Para aqueles turistas cujo destino não usa o dólar como moeda oficial, a dica de Lima é que a pessoa já compre a moeda local. "E a sugestão da compra gradual também é válida nestes casos, para evitar comprar tudo na máxima", aconselha.

Meios de pagamento
A principal dica para este momento de alta oscilação do câmbio é, nas viagens internacionais, evitar o uso do cartão de crédito, cuja cotação da moeda é estipulada no fechamento da fatura e não dá para saber, com certeza, o valor, em real, que será pago.

"E hoje, não é possível fazer nenhuma previsão sobre a cotação da moeda norte-americana", afirma.

"Para evitar surpresas desagradáveis na hora de pagar a fatura, o turista tem apostado nos VTMs, que são cartões pré-pagos, carregados em dólar, euro ou libra, e que podem ser usados para pagamentos e saques em várias partes do mundo", revela Lima.

No entanto, optar entre o dinheiro em espécie ou outros meios de pagamento no exterior depende mesmo do perfil do viajante. "Muitas pessoas mais tradicionais, com necessidade de liquidez, preferem levar papel-moeda; outras, preocupadas com a segurança, optam por mais de uma forma de pagamento. Depende do perfil do turista", finaliza.

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